Sexta-feira, último dia de palestras da semana "Viver Design" no Unifieo. Desta vez com um público reduzido - talvez pelo início de uma forte chuva no fim da tarde. Mesmo assim quem compareceu pôde ter uma idéia de como é a formação de um estúdio de design.
E para encerrar a semana com chave de ouro, Diogo Blanco e Gregorio Romero, do estúdio Deveras, compartilharam, com bom humor e descontração, suas histórias, seus trabalhos e seus pensamentos sobre design.
Escolher a letra perfeita, que se encaixe na arte e passe o espírito do cliente é talvez uma das tarefas mais ingratas de um designer. Claro, achar uma fonte não é mesmo fácil, existem duzentas milhões na internet, de variados estilos e qualidade. E como saber qual a ideal?Por Filip Calixto
Lápis de cor, giz de cera, caneta, papel e muita criatividade foram os ingredientes desta terça-feira no CEU Butantã. Alunos do curso de Design Digital do Centro Universitário FIEO e da rede municipal de São Paulo transformaram o ateliê do CEU numa verdadeira ‘obra de arte’.
Tudo isso é parte do programa “Viver Design”, organizado pela Prefeitura da cidade de São Paulo. Universitários e professores desenvolveram algumas atividades com a criançada, que esbanjou originalidade em cada exercício proposto.
Os trabalhos iniciaram com um exercício de montagem de histórias – embasadas nos desenhos das próprias crianças. Na segunda atividade, montagem de scrapbook, a movimentação foi tanta que adultos e crianças, por conta da interação do exercício, acabaram caindo na brincadeira. Resultado: muita diversão.
“Procurar oficinas artesanais, teatros e cada vez mais atividades extra classe auxiliam, e muito, em todas as matérias com um novo jeito de aprender.” Palavras de Andréia Nascimento, professora do primeiro grau, que julga o evento de extrema importância por possibilitar novas alternativas para desenvolver o raciocínio dos alunos.
Texto de Dênis Matos
Fotografia de Daniella Poio
Com muita expectativa e casa cheia o Unifieo iniciou a tão esperada Semana do Design. “Viver Design” será tema das palestras, oficinas e workshops que vão ocorrer esta semana – com o nome de “Pensar Design”.
Abrindo a cerimônia, a coordenadora dos cursos de comunicação social, Helena Rugai, expôs a programação e as discussões que vão permear o evento. A idéia é discutir o design na própria comunidade e pensar sobre o ambiente profissional atual.
Embasada em Aloísio Magalhães, um dos pioneiros do design moderno no Brasil e fundador da Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro, Helena falou da necessidade de discussão em âmbito nacional, levando em conta o grande pólo de produção mercadológica da área, que é a cidade de São Paulo. A palestrante mencionou que, com a morte de Magalhães no início dos anos 80, o debate esfriou e, erroneamente, voltou-se para a discussão do que era design – deixando de lado questões como a forma de sua utilização.
A interdisciplinaridade proposta por Aloísio Magalhães ainda parece ser o melhor caminho, segundo a coordenadora. Por mesclar arte a questões sociais, o design acaba por influenciar outras áreas e, ao mesmo tempo, para se criar o novo, acaba sofrendo influência de outras artes.
Helena terminou sua palestra concluindo que o design não pode ser linear e deve estar, sempre, aberto a novas visões. Código, tempo, espaço e contexto, todos os itens devem interagir para alcançar a reflexão e a invenção. O design deve transpor as regras e criar “sensações”. Se você muda o parâmetro, você muda o que produz, ou seja, muda o pensamento.
“Quanto mais abstrata a verdade que queres ensinar, mais
deverás seduzir os sentidos”.
NIETZSCHE, Friedrich
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